Maduro anuncia nova etapa na 'poderosa aliança' da Venezuela com Irã
Presidente venezuelano e ministro da Defesa iraniano se reuniram em Caracas na quarta (21). Os dois países aumentaram o número de acordo de cooperação. Alia
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Presidente venezuelano culpou rede social pelas mortes por disseminar o conteúdo. Pedido de notificação da plataforma aconteceu na segunda-feira (18). Nicol...
Presidente venezuelano culpou rede social pelas mortes por disseminar o conteúdo. Pedido de notificação da plataforma aconteceu na segunda-feira (18). Nicolás Maduro, presidente da Venezuela Leonardo Fernandez Viloria/Reuters O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou na segunda-feira (18) que a agência reguladora de telecomunicações do país notifique o TikTok para que retire do ar, no prazo de 72 horas, uma série de conteúdos virais após as mortes de duas crianças relacionadas a um desafio que circula na plataforma. Segundo Maduro, uma menina de 12 anos morreu após ingerir um medicamento seguindo um desafio que viu no TikTok. A outra morte foi de um jovem de 14 anos "que participou desses desafios que estão circulando pelo TikTok", afirmou o governante, citando o ministro da Educação, Héctor Rodríguez. Nenhuma autoridade havia confirmado ou dado detalhes sobre os dois casos até a última atualização desta reportagem. Procurado pelo g1, o TikTok ainda não havia se pronunciado sobre a acusação até a última atualização desta reportagem. "Esta morte recai sobre a plataforma, porque são vocês, TikTok, que estão disseminando isso", declarou o presidente. A ordem de Maduro foi dada ao presidente da Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) para que comunicasse o TikTok "imediatamente e desse 72 horas para retirar da Venezuela todos esses chamados desafios abusivos e criminosos". "Em 72 horas, o TikTok deve responder", alertou Maduro, acrescentando que, caso contrário, tomará "a medida mais severa contra esta rede social", sem fornecer mais detalhes. De acordo com investigações reportadas pela imprensa, a menina — que estava acompanhada por amigos — ingeriu um medicamento utilizado para controlar certos tipos de convulsões e aliviar ataques de pânico, como parte de um desafio onde o primeiro a adormecer perderia. Leia também: Presidente do Paraguai, Santiago Peña é hospitalizado no Rio Lula e Milei trocam cumprimento frio, sem abraços nem sorrisos no G20; VÍDEO Trump planeja decreto de emergência nacional e uso de militares em deportação em massa Bloqueio ao X Em agosto, Maduro ordenou à Conatel bloquear temporariamente o acesso à rede social X na Venezuela, alegando que foi usada por seus opositores para gerar confusão após as eleições presidenciais de 28 de julho. Meses depois, a plataforma X foi desbloqueada em operadoras privadas de telecomunicações, mas os clientes da empresa estatal Movilnet ainda não conseguem acessá-la. Maduro tomou essa decisão após um confronto com o bilionário Elon Musk — proprietário do X — e acusações mútuas na rede social, além do uso da plataforma por opositores e cidadãos para questionar a transparência das eleições. Musk usou o X para acusar o presidente de um "grande fraude eleitoral". Eleições na Venezuela Maduro, que buscava ser reeleito para um terceiro mandato de seis anos, foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão colegiado de maioria governista. A oposição alegou ter em mãos pelo menos 84% das atas das mesas de votação, que, segundo afirmaram, confirmavam a vitória do opositor Edmundo González, atualmente exilado na Espanha. Observadores internacionais questionaram a independência e imparcialidade da autoridade eleitoral e do Tribunal Supremo, que validou o resultado após uma perícia formal solicitada por Maduro. O presidente desafiou as petições de Estados Unidos, União Europeia e até de aliados de esquerda como Brasil e Colômbia para que publicasse as atas de votação que sustentam o resultado oficial.